Renault Logan, escolha racional agora alia estilo e design.

Renault Logan, uma grata surpresa na sua segunda geração

O Renault Logan nasceu em terras tupiniquins em 2006, da aposta da montadora francesa em uma escolha racional para um sedan premium. A confiabilidade, economia e espaço interno eram unanimidade, em compensação o design era algo deixado de lado, algo que na época ficava à cargo do irmão “Symbol”.

O carro é originário da divisão romena da montadora de Viry-Chantilon, ou seja era um Dacia, assim como seu irmão Sandero, mas a aparência era tudo, menos bonita. O carro tinha linhas extremamente retas e um franco desequilíbrio entre altura e largura.

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Design

A parte dianteira do veículo de cara recebeu a nova identidade visual da marca, com destaque para o logo da marca no centro da grande invadindo parte do capô, e agora o estilo está muito mais elaborado com curvas e recortes e volumes mais atraentes. O farol agora tem uma dupla parábola muito mais elaborada e com uma iluminação mais eficiente.

A linha lateral do carro não sofreu grandes mudanças, mas com faróis e lanternas invadindo as laterais o carro ganhou uma aparência muito mais atual. Na versão testada “Expression” as rodas eram de ferro, com calotas; pelo valor do veículo mereciam ser de liga leve.IMG_20160126_122953IMG_20160126_123042

Na parte traseira a grande diferença se deu por parte das novas lanternas traseiras, com novo formato e com frisos cromados na sua parte interna. Isso deu um aspecto elegante ao carro.

Os pneus são 185/65 R15, algo que deu ao carro em pisos lisos um rodar muito suave. Mais uma vez no piso de crateras lunares da cidade de São Paulo, sentimos que a suspensão chega ao final do curso e acaba permitindo alguns choques secos.

O carro é equipado com o motor o excelente motore de 1600 cc de deslocamento volumétrico, com 16 válvulas, potência de 106 CV (etanol)/ 98 CV (gasolina) a 5.250 rpm, e torque de 15.5 mkgf (E) 14,5 (G) a 2.850 rpm.

Motor aliado a competente caixa de câmbio de 5 velocidades se mostrou bastante esperta, e com uma economia de dar inveja.

Vida a bordoIMG_20160126_123114  IMG_20160126_123105

Internamente o Renault investiu para dar um ar mais sofisticado no carro, utilizando materiais de melhor qualidade. Os bancos agora tem uma nova textura com espuma de maior densidade, permitindo um melhor apoio nas curvas.

Faltou, no entanto que a parte inferior do banco fosse um pouco maior, para que em viagens longas as coxas tenham maior apoio e causem menor cansaço. A direção hidráulica continua um pouco pesada e o nível de ruído ainda é elevado em altas rotações.

Embora o carro utilize a mesma plataforma do modelo anterior, a suspensão dianteira tem novos pontos de ancoragem e as dimensões do chassis foram ampliadas. O carro ficou 6,1 cm maior no comprimento e ganhou 0,5 cm no entre-eixos ou seja o carro ficou ainda mais estável e confortável.

O nosso “Expression” veio equipado com ar condicionado automático, e “Mídia Nave 2.0” que é uma central multimídia on-touch, com GPS integrado, sistema de áudio e telefonia por bluetoooth, Eco-Scoring, Eco-Coaching.

O cluster é bem desenhado com contagiros na extrema esquerda, ao lado o velocímetro e à direita um instrumento digital onde se alterna as informações do computador de bordo. Destaque para um indicador na parte inferior do velocímetro que indica o melhor momento para troca de marcha.

Uma seta indica se devemos colocar uma marcha ascendente ou reduzir para melhor consumo. Isso aliado ao Eco-Scoring e Eco-Coaching sua condução será ainda mais eficiente.

O Eco-Scoring pontua o condutor com estrelas se está acelerado, trocando marcha e se antecipando no momento certo. Ao lado aparece ainda uma escala em forma de folha que inicia em 100 pontos, e conforme se conduz diminui ao aumenta. Isso auxilia sobre maneira para se economizar combustível e poluir menos.IMG_20160126_123139

Já o Eco-Coaching dá varias dicas de condução para o motorista, como a importância de sempre descer ladeiras e serras engatado, já que além de aumentar a segurança e poupar freios, faz com que se tenha redução no consumo.

Condução

No nosso uso citadino o carro é bastante ágil e confortável. O consumo de combustível continua sendo um dos atrativos do carro, já que chegamos a 10,9 km/l e na estrada chegamos a obter a marca de 19 km/l, sempre utilizando etanol.

O motor e câmbio (5 velocidades) “conversam” muito bem, e essa simbiose se traduz em agilidade e economia.

ConclusãoIMG_20160126_123021 IMG_20160126_123029

Se antes era uma escolha racional, agora a Renault permite ao comprador do Logan também optar pelo lado emocional. O design agrada em cheio e o carro vem recheado de equipamentos de carros de classe superior.
Ficha técnica
Motor: 1.6 dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 16.
Potência: Potência:106/98 cv (e/G) a 5.250 rpm
Torque: 15,5/14,5 mkgf (e/G) a 2.850 rpm
Câmbio: mecânico de 5 marchas.
Aceleração 0 a 100 km/h: 12,5 s
Velocidade máxima:
 182 km/h
Largura: 1733 mm

Comprimento: 4349 mm
Altura: 1529 mm
Entre-eixos: 2635 mm
Peso: 1070 kg
Tanque: 50 litros
Porta-malas: 510 Litros

Texto e fotos: João Vasconcelos

Breve História da Renault (extraído do site wikipedia)

O grupo Renault foi fundado em 1898 pelo industrial francês Louis Renault, seus irmãos Marcel e Fernand e seus amigos Thomas Evert e Julian Wyer, pioneiros da indústria automobilística e introdutores do taylorismo como forma de organização do trabalho na França. Os irmãos rapidamente perceberam a publicidade que poderiam atrair pela participação dos seus veículos em competições automobilísticas, e alcançaram rápido sucesso e reconhecimento nas primeiras corridas de cidade a cidade na França. Tanto Louis quanto Marcel Renault competiram com modelos de sua fábrica, porém Marcel morreu em um acidente de carro durante uma corrida de Paris a Madrid em 1903.

Além dele, outros 15 competidores foram vítimas de acidentes, obrigando os organizadores a cancelarem a corrida. Apesar de Louis Renault não ter mais competido após isso, sua empresa continuou envolvida em competições. A Renault venceu corridas com o modelo AK 90 CV e foi vencedora do primeiro Grand Prix da história em 1906. Em 1909, Louis toma o controle total da empresa após a morte de seu outro irmão, Fernand.

Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Renault fabricou munição, aviões militares. Louis Renault chegou a ser homenageado pelas forças da Tríplice Entente pela sua contribuição para a guerra com os seus veículos militares. Nesta época, a Renault passou a fabricar também veículos especiais para táxi. Após a guerra, a Renault tornou-se líder de mercado na França. Em 1918, inicia-se a construção de uma nova fábrica na cidade de Billancourt, deixando Louis com 85% das ações da empresa.

Durante a Segunda Guerra Mundial as forças armadas da Alemanha invadiram a França, tomaram posse das fábricas de Louis Renault e utilizaram com a ajuda de Daimler-Benz para a produção de veículos militares para a Alemanha Nazista. Por esse motivo, as forças inglesas bombardearam a fábrica da Renault em Billancourtem resposta a ocupação das tropas da Alemanha.

Após a derrota alemã, Louis Renault foi preso durante a libertação da França em1944 por “manter relações comerciais com inimigos” e acabou morrendo na prisão antes de preparar sua defesa. Seus ativos industriais foram confiscados pelo governo e as fábricas da Renault tornaram-se estatais, passando a chamar-se Régie Nationale des Usines Renault.

Logo após a nacionalização, a montadora lançou o modelo 4 CV com motor na traseiro que competiu com os modelos de maior sucesso na época, como Morris Minor e Volkswagen Fusca. Foram vendidas meio milhão de unidades, até a sua descontinuação em 1961. O modelo 4 CV usado em competições venceu duas vezes a corrida 24 horas de Le Mans.

Em 1972 a Renault lançou o Renault 5, um carro popular que era um tentativa de conseguir sobreviver a crise do petróleo. Com este carro, a Renault ganhou um série de rallys. Entre 1979 e 1987, a Renault teve maioria de ações na empresa American Motors Corporation (AMC), à qual foi vendida à Chrysler em março de 1987

Em abril de 1986 o governo da frança opôs-se à privatização da Renault. Porém, 10 anos depois, em 1996 a empresa foi parcialmente privatizada. Em 2 de janeiro de 2001, a montadora vendeu sua subdivisão de veículos industriais (Renault Véhicules Industriels) para a Volvo, que a rebatizou de Renault Caminhões em 2002.

O governo da França detém 15,7 % da empresa, porém a Renault é uma empresa privada. Louis Schweitzer foi o executivo-chefe da Renault de 1992 a 2005, quando foi substituído pelo brasileiro Carlos Ghosn, que era até então o CEO da Nissan.

A Renault participa em 64,4% do capital da fabricante japonesa de automóveisNissan. Juntas, elas formam a Aliança Renault-Nissan (Renault-Nissan Alliance). Outras participações da Renault são na Samsung Motors da Coreia do Sul, na sueca Volvo Trucks e na romena Dacia.

Na América do Sul, a Renault possui fábrica na Argentina desde 1967, porém seus modelos foram montados naquele país desde 1960. No Brasil, esteve presente na década de 1960 com Renault Gordini, fabricado em parceria com a norte-americana Willys Overland, que produziu sob licença os modelos Dauphine e Gordini que era uma versão mais aprimorada do Dauphine, até 1968, ano em que a Willys Overland vendeu suas operações para a Ford , a qual herdou o “projeto M”. Esse projeto, desenvolvido em parceria entre a Renault e a Willys, resultou no lançamento pela Ford em 1968 do Corcel, um automóvel cujo estilo pode ser considerado,a grosso modo, uma versão americanizada do Renault 12 e com motores Renault CHT que equiparam vários carros da Renault, Ford e Volkswagen no Brasil.

Por causa do fechamento do mercado brasileiro na década de 1970 em que importados não podiam ser comercializados no país, e já que a Renault não tinha fabrica instalada em território nacional, a empresa teve que sair do país, no qual ficou por duas décadas sem entrar no país, Já na década de 90 quando o mercado abriu as portas para o exterior graças ao governo de Fernando Collor, a Renault foi a primeira a retornar ao país em 1992, entrando inicialmente como importadora, e, posteriormente, como montadora sendo hoje uma marca nacionalizada, e a 5° marca mais vendida no país por 10 anos consecutivo, estando entre as 5 marcas mais importantes do Brasil, a marca é reconhecida pela forte e robusta mecânica e na qualidade de seus materiais.

No Brasil a Renault inaugurou sua fábrica em 1998, na cidade de São José dos Pinhais (PR) onde atualmente são produzidos 380000 unidades anualmente, sendo veículos, utilitários, motores e plataformas, os modelos de maior sucesso de vendas no Brasil onde ficaram por mais de 10 anos no mercado, foram o Mégane e a Scénic, sendo esses, os primeiros modelos nacionais desde a inauguração em 1998 até o ano de 2011 no mercado, a Renault é a 5.ª marca mais vendida no Brasil desde 2007

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